sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

TRILHOS


Um dia a vida apresentou,
um ao outro, nós dois;
e deixou-nos juntos,
p'ra caminhar depois.

E lá fomos nós;
formando par,
dia a dia,
sem parar.

E de acordo com que
a sociedade espera:
família, filhos;
tudo levado à vera.

Responsabilidade,
deveres por isso,
obrigações,
compromisso.

Falhas? sim!
Alguns deslizes;
mas a questão é saber
se nós dois somos felizes!

Não sei, não sei,
de verdade,
se o que sinto
é felicidade.

Você também, acredito,
questiona a vida assim:
não teria sido melhor
sem mim ?

Às vezes medito em nós;
que criamos bons filhos;
mas penso que vivemos
como acontece aos trilhos:

Linhas paralelas;
somos iguais, um par,
sempre juntos;
sem nunca nos encontrar.

2 comentários:

  1. Olá, Rudolfo!
    A felicidade do dia-a-dia é isso mesmo do poema. Mas será que, em linhas paralelas, se é feliz, fazendo feliz a outra linha? Talvez, desde que se saiba caminhar juntos, sempre sorrindo...
    Saudações!P.S.: Deixei comentário ao seu no meu blog. Apreciei sua visita.
    Francisco

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  2. Lo de las líneas paralelas deja mucho que pensar.

    Conozco a esta altura de mi vida muchos seres así en paralelo,ya de costumbre y sin deseos de arriesgarse.

    Gracias por la visita y comentario, con el cual concuerdo
    Uruguay un país laico, permitio el divorcio desde comienzos del siglo pasado.
    Igual la formacion de una familia, pasaba antes por el registro civil.
    Pero en la actualidad eso se ha sido dejando de lado, y las parejas concretan el casamiento a veces luego de convivir muchos años.

    Saludos

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