sábado, 29 de maio de 2010

ADMIRÁVEL MUNDO DE AGORA

Mergulhado no buraco negro dos padrões culturais, o homem de agora, míope, não é capaz de ver nada além do horizonte de suas "verdades". Esmagado pelo peso descomunal da propaganda, as criaturas procedem como previu Aldous Huley, em 1931, no "Admirável Mundo Novo"-perdemos a liberdade individual.
O Cristianismo, por sua vez, tratou de transferir das mãos de Judas,para as de Jesus Cristo, o saco de dinheiro da "Última Ceia". A religião, que, após a queda do Império Romano, serviu para livrar o Ocidente da barbárie, agora treina o homem para manifestar sua fé através do bolso. E a Razão, desgraçadamente, deu lugar à alienação.
Nunca o ser humano foi tão escravo quanto agora-todos pertencemos ao Senhor Mercado. Arrastamos, presos na mente, os grilhões da lavagem cerebral que cria nossas necessidades. Não vamos ao "Shopping", vamos ao "Paraíso" - "Comprar é gozar".
Para tornar os tempos de agora ainda mais difíceis para o indivíduo, os profetas do apocalipse de plantão apregoam as catástrofes ambientais como nova forma de fim de mundo. Se antes era o perigo atômico, agora é a poluição que vai nos levar ao julgamento final.
Estes são alguns dos muitos aspectos atuais que ameaçam nossa felicidade. Contudo, podemos reagir a todas estas circunstâncias, a fim de conservar ou restabelecer nosso bem-estar pessoal. Como diz Huxley, há um único lugar no universo que podemos ter certeza de melhorar: o nosso próprio eu.

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